O que você precisa saber
A partir de 2026, o MEI terá novas opções de contribuição para o INSS, com valores maiores que garantem benefícios mais completos. Quem contribui atualmente com 5% do salário mínimo poderá escolher pagar até 11% para ter direito a uma aposentadoria melhor e mais benefícios. Essa mudança faz parte da reforma tributária e das atualizações no Simples Nacional.
Quem isso afeta?
Essa mudança atinge diretamente todos os Microempreendedores Individuais (MEI) que contribuem para o INSS através do DAS. São milhões de trabalhadores autônomos formalizados como MEI, que incluem desde cabeleireiros, manicures, eletricistas, vendedores ambulantes até prestadores de serviços diversos. Se você é MEI ou pensa em se formalizar como microempreendedor, essa alteração vai impactar seu planejamento financeiro e sua futura aposentadoria.
Entenda na prática
Atualmente, o MEI paga mensalmente uma contribuição de 5% do salário mínimo para o INSS, embutida no DAS. Esse valor garante apenas os benefícios básicos, como aposentadoria por idade (com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres) e auxílio em caso de necessidade. Com as novas regras de 2026, o cenário muda bastante:
- Contribuição básica (5%): Continua existindo para quem quer pagar menos mensalmente, mas garante apenas aposentadoria por idade no valor de um salário mínimo e benefícios limitados. É a opção mais econômica, mas com menos vantagens.
- Contribuição ampliada (11%): Nova opção que permite ao MEI ter acesso a benefícios mais completos, incluindo aposentadoria por tempo de contribuição, valores maiores de aposentadoria, auxílio-doença com melhor cobertura e salário-maternidade. O custo mensal aumenta, mas a proteção previdenciária fica mais robusta.
- Liberdade de escolha: O MEI poderá decidir qual modalidade se encaixa melhor no seu bolso e nos seus planos para o futuro. Não é obrigatório migrar para a contribuição maior, mas quem optar por continuar com 5% terá benefícios mais limitados.
- Impacto no DAS: O valor do DAS mensal vai refletir a escolha feita pelo microempreendedor. Quem escolher a contribuição de 11% pagará um valor maior todo mês, mas estará investindo em uma aposentadoria melhor e em mais segurança previdenciária.
O que fazer agora?
- Avalie sua situação financeira: Calcule quanto você pode pagar mensalmente de contribuição sem comprometer seu orçamento. Lembre-se que essa é uma decisão de longo prazo que impacta sua aposentadoria futura.
- Planeje sua aposentadoria: Pense em quanto tempo falta para você se aposentar e qual valor de benefício você gostaria de receber. Se você é jovem e tem muitos anos pela frente, investir na contribuição maior pode fazer diferença significativa no futuro.
- Acompanhe as atualizações: Fique atento às informações oficiais que serão divulgadas ao longo de 2025 sobre como fazer a escolha da modalidade de contribuição. O governo deve publicar orientações detalhadas sobre o procedimento.
- Consulte um especialista: Procure orientação de um advogado previdenciário para entender qual opção é mais vantajosa no seu caso específico. Cada situação é única e merece análise personalizada.
- Organize sua documentação: Mantenha em dia todos os comprovantes de pagamento do DAS e documentos relacionados ao seu MEI. Isso será fundamental para garantir seus direitos no futuro.
Atenção!
Não deixe para decidir em cima da hora quando 2026 chegar. Comece a se planejar desde já, pois essa escolha afeta diretamente seu futuro e sua segurança financeira na aposentadoria. Cuidado com informações falsas nas redes sociais sobre essas mudanças. Busque sempre fontes confiáveis e orientação profissional. Lembre-se também que continuar pagando apenas a contribuição mínima não é errado, mas significa abrir mão de benefícios importantes. Pese os prós e contras antes de tomar sua decisão. Outra questão importante: se você já complementa sua contribuição do MEI pagando mais para o INSS por fora, procure orientação sobre como ficará sua situação com as novas regras.
Conclusão
As mudanças na contribuição do MEI para o INSS representam uma oportunidade de melhorar a proteção previdenciária dos microempreendedores, mas exigem planejamento e análise cuidadosa. A possibilidade de escolher entre contribuir com 5% ou 11% do salário mínimo dá flexibilidade, mas também traz a responsabilidade de decidir conscientemente sobre o próprio futuro. O ideal é começar a se informar desde já, fazer as contas e buscar orientação especializada para tomar a melhor decisão para sua realidade. Lembre-se: sua aposentadoria depende das escolhas que você faz hoje.
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